Mark Zuckerberg – o homem por trás do Instagram e do Facebook – pediu desculpas às famílias que alegaram que seus filhos foram arruinados pelas redes sociais.
Zuckerberg foi um dos principais executivos ao lado de outros representantes de X, Tiktok e outros gigantes da mídia social que enfrentaram as questões acaloradas do senador Josh Hawley sobre a segurança infantil, especialmente sobre assédio sexual e exploração online.
Questionado se indenizou alguma das famílias que enfrentaram dificuldades devido à negligência das suas plataformas, ele respondeu que não.
Sinto muito por tudo que você passou. Ninguém deve passar pelas coisas que sua família sofreu. – Mark Zuckerberg
Além disso, ele também garantiu às famílias que a Meta está continuamente investindo e trabalhando para fornecer melhores tecnologias para proteger as crianças em todos os seus apps.
O que os pais tinham a dizer a Mark Zuckerberg ?
As famílias compartilharam histórias comoventes sobre seus filhos, inclusive destacando os detalhes dolorosos de sua tragédia pessoal ligada ao uso das redes sociais.
Houve também vários testemunhos em vídeo de crianças explicando os horrores que enfrentaram nessas redes sociais. Aliás, uma criança chegou a revelar (anonimamente) que sofreu exploração sexual no Facebook.
Os pais ficaram sentados segurando as fotos de seus filhos que foram prejudicados por essas plataformas de mídia social durante todo o processo.
O que é ainda mais trágico é que algumas crianças também se automutilaram e tiraram a vida devido aos problemas que enfrentaram online.
Entre os executivos presentes, Mark Zuckerberg foi o mais visado. Sua linha de abertura e muitas outras declarações foram recebidas com interrupções e comentários desagradáveis.
O que os outros CEOs e executivos têm a dizer?
Embora Mark Zuckerberg e Shou Zi Chew (CEO do Tiktok) tenham concordado voluntariamente em testemunhar, os executivos do X, Snap e Discord tiveram que ser forçados a entrar por meio de intimações emitidas pelo governo.
Chew simpatizou com os pais, afirmando que seus três filhos não usam o TikTok. Isso porque há restrições em Cingapura, onde ele mora.
Chew admitiu que as questões que envolvem a exploração de crianças online são verdadeiramente horríveis.
Yaccarino, o executivo do X, foi a favor da lei STOP CSAM, trata-se de uma proposta legislativa que tornará todas as empresas de tecnologia responsáveis por permitir material de abuso infantil online. Além disso, dará às vítimas o direito de tomar medidas legais contra a empresa caso estejam envolvidas.
Zuckerberg foi o mais criticado por uma mensagem do Instagram contendo material de abuso infantil. Embora inicialmente tenha emitido um aviso, ainda deu a opção de “ver mesmo assim”.
Mark Zuckerberg até tentou se defender dizendo: “Muitas vezes também é útil, em vez de apenas bloqueá-lo, para ajudar a direcioná-los para algo que poderia ser útil”.
No geral, o resultado dos depoimentos foi insatisfatório
Os pais não confiaram nas promessas feitas pelos representantes. Alguns executivos nem pareciam muito favoráveis às propostas do senador.
Por exemplo, quando o legislador Lindsay Graham listou alguns dos projetos de lei atualmente em tramitação no Congresso para segurança infantil, o CEO do Discord, Jason Citron (embora ele mal tenha tido tempo para responder), pareceu ter algumas reservas.
As críticas pela falta de responsabilização também vieram de fontes internas. Arturo Bejar, ex-engenheiro da Meta, testemunhou que a empresa tem um bom conhecimento da exploração que as crianças enfrentam online e dos danos que os adolescentes sofrem. Mas também ressaltou que a empresa tem feito muito para resolver ou corrigir o problema.
Entretanto, resta saber se esses gigantes da tecnologia realmente tomarão alguma medida para proteger as crianças online. Ou será a mesma história daqui para frente?
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